terça-feira, 27 de setembro de 2011

Julgamento
Dr. Conrad Murray é julgado pela morte de Michael Jackson
Hoje, o médico é acusado de homicídio culposo, pela promotoria. Ele pode enfrentar uma pena de até quatro anos de prisão

Foto mostrada durante início do julgamento, pela promotoria (foto: Divulgação/ Reuters)
Começou na tarde de hoje (8h30 no horário da Califórnia), 27 de setembro, em Los Angeles, o julgamento de Conrad Murray pela morte de Michael Jackson. O médico de 58 anos é acusado de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela promotoria. Ele pode enfrentar uma pena de até quatro anos de prisão. O julgamento deve durar cinco semanas.
Conrad Murray que ministrou as drogas que levaram o cantor à morte em junho de 2009 chegou ao tribunal por volta de 12h30, mesmo horário que a família Jackson chegou. Entre eles, a matriarca Katherine e o pai Joe Jackson, além dos irmãos Jermaine, Janet, Tito, Randy e LaToya Jackson.
A sessão desta terça foi aberta com os argumentos do promotor David Walgren, apontando, que Michael Jackson morreu por uma overdose de propofol, um forte anestésico, ministrado pelo doutor em 25 de junho de 2009. A promotoria quer provar que Murray agiu com "incompetência e negligência" no caso.
O promotor acusou o médico de comprar regularmente grandes quantidades de propofol, inclusive mentindo ao farmacêutico que tinha uma clínica em Santa Mônica para ter acesso a tais drogas.

Ainda querendo mostrar a fragilidade de Michael, a promotoria exibiu uma gravação, feita pelo próprio celular de Murray, da voz de Michael Jackson falando sobre a turnê "This is it" sob efeito de substâncias desconhecidas, mas audivelmente desorientado.
"Nós temos que ser fenomenais. Quando as pessoas deixarem este show, queremos que eles digam: 'Nunca vi nada como isso. Ele é o maior artista do mundo'", dizia Michael, com uma voz fraca e confusa, na gravação.

O promotor acusou Murray, também de abandono, já que o médico deixou Jackson sem supervisão durante alguns minutos, e disse ainda que os dois não mantinham uma relação médico-paciente e sim de empregado-empregador: "Dr. Murray agiu de maneira muito negligente e não trabalhava pensando no que era melhor para Michael Jackson. Ele trabalhava por US$150 mil por mês.”
Além disso, a promotiria declarou que Murray não teria dito aos médicos da emergência que administrou propofol no cantor.

Tesa da defesa: Michael foi responsável por sua própria morte
Já a defesa, para convencer o júri de que o médico Conrad Murray é inocente, afirmou que o popstar causou sua própria morte.

Nas palavras do advogado Ed Chernoff, o próprio popstar tomou pílulas de lorazepam e auto-injetou uma dose massiva do anestésico propofol, causando a overdose e, consequentemente, a morte.
“Michael Jackson estava frustado porque seu médico não lhe deu o remédio que ele queria. Ele agiu de maneira que causou sua própria morte. Nossas provas mostrarão isso. Michael tomou 8mg de lorazepan. Os especialista mostrarão que isso é o suficiente para colocar seis de vocês para dormir.”, disse o advogado.
“Michael administrou uma dose de propofol sozinho quando Murray deixou o quarto. Somado ao Lorazepan, isso criou uma tempestade que causou sua morte. Quando Murray voltou, não adiantava fazer CPR. Ele morreu tão rapidamente que seus olhos ainda estavam abertos.”, acrescentou.
Segundo o site TMZ, Prince Michael, filho mais velho do cantor, pode ajudar a desvendar o mistério que envolve a morte do cantor, que ocorreu em junho de 2009 e teria sido causada por uma overdose de remédios. Ainda segundo o TMZ, Prince seria uma testemunha ocular da cena da morte do pai.
Mesmo assim, Prince estaria nervoso e não quer testemunhar no julgamento do médico. Segundo o site, o filho de Michael disse que mesmo não participando do julgamento, vai fazer o que for preciso para fazer justiça ao pai.

O menino de 14 anos está na lista das testemunhas de acusação, pois alega que foi chamado em seu quarto para ajudar o Dr. Murray durante a emergência.
Segundo o site "Radar Online", no entanto, os filhos maiores de Michael, Prince Michael e Paris, de 14 e 13 anos, respectivamente, teriam pedido a sua avó e tutora, Katherine Jackson, que os permita depor no julgamento. 
Em uma audiência preliminar realizada em janeiro, o médico se declarou inocente.  

Nesta terça, também dará seu testemunho Paul Gongaware, uma das pessoas que trabalhavam para a empresa que promovia os shows, a AEG, e que será questionado sobre as
conversas que manteve com Murray e Jackson.
Murray reconheceu que no dia em que Jackson morreu administrou no Rei do Pop sedativos para ajudá-lo a combater a insônia, incluindo o propofol, que, segundo a imprensa americana, o artista consumia de forma habitual.

O médico, no entanto, explicou que Jackson estava vivo após a aplicação dos medicamentos e alegou ter abandonado o quarto para atender uma ligação telefônica. Quando voltou, já teria encontrado Jackson desmaiado e sem pulso sobre a cama.

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