terça-feira, 24 de agosto de 2010

Barbara Walter entrevista Michael Jackson no dia 5 de setembro de 1997 no luxuoso hotel George v, em Paris, para o programa 20/20.
           
            Barbara: Há pouco perdemos sua grade amiga, a princesa Diana. Como você se conheceram?
            Michael: Eu escrevi uma canção chamada “Dirty Diana”. Não e sobre ela, mais sobre garotas que perambulam por concertos ou clubes e que o pessoal chama de tietes. Tenho convivido com isso minha vida toda. Essas meninas fazem de tudo com a banda, tudo o que você pode imaginar. Por isso escrevi essa canção. Mais eu não inclui ela no show de homenagem a sua alteza. Ela me chamou de lado e perguntou se eu ia tocar “Dirty Diana.” Respondi “Não, tirei por sua causa”. E ela retrucou. “Não! Eu quero que você a apresente por favo”.
            Barbara: Então ela teve senso de humor?
            Michael: Sim, com certeza. E disse que era um prazer me conhecer. Respondi: “e uma honra conhece - al”.
            Barbara: Como você soube da morte dela?
            Michael: Eu acordei e meu medico me deu a noticia. Senti uma tristeza e comecei a chora. Senti uma dor interior, no estomago, no peito.
            Barbara: E você pensou que podia ser você?
            Michael: Sim. Tenho vivido desse jeito toda a minha vida. Os tablóides, aquele tipo de imprensa, os paparazzi. Tenho tido de correr, me esconder, fugir. Você não pode ir a determinado lugar, porque eles estão lá. Você não pode passear em um parque nem ir a uma loja, tem de ficar no quarto. Sinto como se estivesse na prisão.
            Barbara: Qual tem sido a coisa mais invasiva? O que e pior?
            Michael: Eles chegam a ponto de esconder coisas em lugares. Uma maquina no banheiro... Tch, tch, tch, cth... (Michael imita o som da câmera) e você diz “Meu Deus!”
            Barbara: Você já tentou ultrapassar os paparazzi?
            Michael: Eles seguem você. Com seus scooters, “vruuum, vrumm”.
            Barbara: Cortando a sua passagem?
            Michael: Sim. E  tenho de dizer para o motorista: “vá devagar” eu digo “você vai nos matar, vá devagar”. Isso aconteceu muitas vezes.
            Barbara: Como você se sente quando eles o chamam de wacko jacko?(Wacko significa maluco)
            Michael: E de onde isso veio? De alguns tablóides ingleses. Eu tenho coração e sentimentos. Sinto quando você faz isso comigo.  Não e agradável. Não faça. Eu não sou “maluco”.
            Barbara: Há quem diga que você e viciado em atenção.
            Michael: Não, não sou.
            Barbara: Mas as mascara, o comportamento misterioso...
            Michael: Não existe comportamento misterioso. Há épocas que estou dando um conserto, em que gosto de ter o maior numero de pessoas possível chegando para ver o show.  E há períodos em que prefiro manter a privacidade, sabe, quando você veste o seu pijama e vai dormi: esse e o seu espaço privado. Você vai ao parque. Mais eu não posso, por isso criei o meu próprio em Neverland, para me divertir.
            Barbara: você e, digamos, no mínimo excêntrico. A maneira como se veste sua aparência, isso chama atenção. Não acha que isso atrai os paparazzi?
            Michael: não. Talvez eu goste de viver desse jeito, de me vesti assim. Não quero os paparazzi. Mas se eles aparecem que sejam coretos, que escrevam o que e correto, que sejam amáveis. 
            Barbara: Michael, esse e o papel dos jornalistas, a imprensa tem de observar as coisas, ser dura. Nem sempre e possível ser amável.
            Michael: Veja bem o que aconteceu com lady Diana. Diga-me, deveria haver alguns limites. Os astros precisam de algum espaço. De um certo relaxamento. Eles têm coração. São seres humanos.
            Barbara: Você disse “eu cresci num aquário e não permitirei que isso aconteça com o meu filho”. No entanto, quando o seu filho nasceu você vendeu fotos dele para a National Enquire e outros jornais e tablóides europeus. Por que fez isso?
            Michael: Porque havia algumas fotos ilegais. Alguém tirou fotos não permitidas de um bebe e disse: “aqui esta o filho de Michael”. E não era ele. Então tirei fotos do bebe e disse; “Eles estão me forçando a tirar essas fotos”. Há helicópteros voando sobre nos, sobre minha casa, o hospital, maquinas e satélites por todo o canto. O próprio hospital comentou comigo: “Michael, tivemos aqui todo tipo de celebridades, mais nunca vimos nada parecido, isso e inacreditável”. Então eu avisei: “aqui estão as fotos... peguem”. Doei o dinheiro para a caridade.
            Bárbara: Você gosta de ser pai?
            Michael: Eu amo!
            Bárbara: Quer ter mais filhos?
            Michael: Sim.
            Bárbara: Se seu filho tiver algum talento, ou melhor, ele tem mostrado algum talento, aos nove meses?
            Michael: Bem, só o que esposo ti dizer e que quando ele chora, para que se acalme eu tenho de ficar diante dele e dançar.
            Bárbara: E mesmo?
            Michael: Sim. E ele para de chora. Suas lagrimas se transformam em risadas e ele fica feliz.
            Bárbara: Você faz o passo do moonwalk para ele?
            Michael: Sim. Faço todo tipo de movimento.
            Bárbara: E ele para de chora?
            Michael: Na mesma hora!
            Bárbara: Michael se esse menininho lhe disser. “Papai quero subir no palco”?
            Michael: Eu diria. “Um momento... aguarde. Se você quer fazer esse caminho, espere”.
            Bárbara: Você deixaria?
            Michael: Sim, mais dizendo: “veja... quer tudo isso (aponta para uma das câmeras) e isso (aponta para outra)... este pronto para isso?”. E ele; “bem... eu mal posso esperar”. Então, eu responderia: “vá. E faça melhor do que eu.”.

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